domingo

Betty Blue


Betty Blue é um dos filmes mais tristes que eu já assisti. Só de ouvir a trilha já tenho vontade de chorar.

Com direção do Jean-Jacques Beineix, fala de uma louca, triste, impulsiva, doce, confusa e melindrosa Betty, que alucina a vida do apaixonado Zorg.

15 anos atrás me juntei com a Lídia num projeto que levaríamos prum festival de curtas(e não levamos) sobre o corpo, a música e o movimento. Levamos un sonzinho pra Praça da República, com uma fita K7 com a trilha desse filme, uma filmadora e um bando de apaixonados pelo happening (devidamete trajados) e dançamos Betty Blue de ponta a ponta aos olhos de hippies, mendigos e curiosos. Lídia, cadê eese filme, mulher??

A trilha, estupenda, me arranca lágrimas quando ouço Betty et Zorg e Cargo Voyage. É de autoria do Gabriel Yared, puta compositor, que trilhou também Camille Claudel, o Paciente Inglês, O Amante, A Vida dos Outros, Cidade os Anjos, entre outros.

Veja, ouça, se emocione.

Pequena Miss Sunshine




Com certeza já está no meu top 10!


Adooooro esse filme! Já vi várias vezes e em todoas eu rio, choro, me divirto tudo de novo.


O elenco é de matar: Abigail Breslin(coisa mais fofa do universo), Greg Kinnear(surpreendeu), Toni Collette(amoooo), Alan Arkin(não preciso falar nada), Steve Carell(variou e arasou) e Paul Dano(sempre figura) e o roteiro, que levou o Oscar, impagável!


O filme levou 5 anos pra ficar pronto, por falta de orçamento e, certamente, valeu cada centavo.
Cada vez que eu assisto, fico pensando como é bom ser diferente e respeitar as diferenças. Como é bom lutar por um sonho e deixar ele ir, sem máguas, quando a gente percebe que estava errado. Como é bom deixar o orgulho de lado e ajudar alguém a se descobrir, parar de lutar, a lutar mais um pouco, a ser feliz. Como é bom deixar o medo de lado pra ser feliz. Pra mim, esse é um filme sobre apego e desapego, coisas que eu venho trabalhando muito em mim ultimamente. Que vontade de assistir de novo!


A trilha, que ficou por conta de Mychael Danna e Devotchka, tem também Sufjan Stevens e Rick James com sua Superfreak na memorável cena da apresentação do Miss Sunshine.





Alfie


Súúúper filme de menina, água-com-açúcar, que eu adoro! rss


Com um dos maiores colírios do mundo, o deliciosérrimo Jude, Alfie fala de um cara tudo-de-bom de trinta e poucos anos cujo maior prazer na vida é pular de cama em cama.

Sedutor, apaixonante, estonteante, deixa suspiros e lágrimas por onde passa, até começar a pensar se a vida não seria melhor ao lado de uma só mulher. Bem que podia ser eu, né?


A trilha sonora é tão gostosa quanto o filme. Encabeçada pelo Mick Jagger - que eu também amo - mais romãntico do que nunca, tem também Joss Stone e Dave Stewart.


Pra ouvir a dois, claro!


A Cor Púrpura



Quem nunca viu A Cor Púrpura põe o dedo aqui.

Sim, o filme com a Woopi Goldberg sobre uma garota de 14 anos que é violentada pelo pai com quem tem duas filhas e depois é separada delas e da irmã, que é seu tesouro, e entregue a um tirano que a faz comer o pão que o diabo amassou. A moça que encontra o doce e o azedo da vida e faz a gente quase morrer de tanto chorar. O filme do Spielberg que foi indicado a 11 Oscars e não levo nenhum (ok, a gente sabe bem como funciona a academia).

Como é um filme batido, quero mesmo é falar da trilha. Simplesmente porque eu sou fã do Quincy Jones. Arranjador, produtor musical e compositor de trilhas sonoras, o cara é fera. Já foi agraciado com mais de 25 Grammys e produziu o maior sucesso de vendas de todos os tempos que foi o Trhiller do finado Michael e seu álbum(que poderia ter vendido tanto quanto se não fosse por viadagem de Michael) Of The Wall, que eu AMO, e Bad. Trabalhou com Ray Charles, Dizzy Gillespie, Miles Davis, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, teve sua própria Big Bang, se engajou em diversos projetos sociais... demais!

Em A Cor Púrpura ele arrasou na trilha com Jeremy Lubbock, Rod Temperton e Andraé Crouch. Tão tocante, tão vibrante, que se não fosse ela, o filme certamente não seria o que ele é. Sem contar a voz de Margaret Avery, que é de arrepiar a alma.

Celie's Blues é minha preferida. Taí!

sexta-feira

O Lutador




Anote este nome: Daren Arenofsk.


Diretor de Fonte da Vida, Pi e Requien Por Um Sonho, mais uma vez vai lá no fundo, naquele lugarzinho escuro dentro da gente onde só nós memos podemos e devemos chegar.

Daren Arenofsk devolveu a vida à Mickey Rourke mostrando o que ele faz de melhor. Sempre fui fã do cara e agora, assistindo a este filme, tenho certeza de que ele não devia ter ficado tanto tempo longe das telas. Mas, tá certo, o cara teve seus bons motivos, comeu o pão que o diabo amassou, mas felizmente tá sendo valorizado novamente.

O Lutador é um filme muito comovente, me tocou bastante. Conta a históia de um lutador de luta livre que teve seus momentos de glória nos anos 80 e hoje sobrevive da grana da luta - já não mais tão apreciada quanto outrora - e de bicos que faz no mercado da cidade.

Apaixonado por uma striper, muitíssimo bem interpretada pela fofa e linda Marisa Tomei, quer levar uma vida mais tranquila ao seu lado depois de sofrer um infarto durante uma luta agitada.

Randy tem que parar de lutar e percebe que o tempo está passando para todos. Seus amigos, que já foram ídolos do ringue, hoje estão acompanhados apenas por bengalas, óculos e aparelhos para surdez. Mas essa fase o faz se aproximar da filha que ele abandonou e repensar seus valores.

O toque de midas fica por conta da trilha sonora, com deliciosas e famosas canções do melhor do rock farofa, o Hard Rock dos anos 80. Pérolas dos Scorpions, Quiet Riot, Cinderella, Firehouse, Accept, entre outros, embalam nosso herói.

Segue o trailer ao som do Bruce Sprinsteen, que faz o tema de abertura.

Into The Wild



Cara, esse filme é um tiro no peito.


Dirigido pelo Sean Penn, narra a história verídica de Christopher McCanless, um jovem recém admitido na faculdade e inconformado com a futilidade das pessoas.



Avesso ao consumismo e fã de Lord Byron e Tolstoi, Chris acreditava que somente em comunhão com a natureza o homem pode encontrar a verdadeira felicidade. Em busca de seu sonho transcendente, abandona a faculdade logo no primeiro semestre, doa todo o dinheiro do curso à uma instituiçào de caridade e sai por aí rumo ao Alasca. Não diz à família seu paradeiro nem suas útimas palavras e assume nova identidade.


No caminho, queima seu carro e o resto do dinheiro. Faz belas amizades, deixa saudades por onde passa e a marca de suas convicções. Até chegar no Alasca faz esse percurso à pé, de trem, inúmeras caronas e até de caiaque.


Ao fundo, seu passado é narrado pela voz da irmã, que sofre de saudades. E suas emoções, narradas por Eddie Vedder numa trilha sonora encantadora, de arrepiar e derramar lágrimas, juntamente com a diva das cordas Kaki King e Michael Brook.


A fotogafia é maravilhosa, a interpretação de Emilie Hirsch é impecável e Sean Penn surpreendeu dirigindo este filme, baseado no livro homônimo do jornalista Jon Krakauer.


É de um lirismo melancólico que me fez passar dias com uma dorzinha no peito, uma vontade de chorar, lamentação e ódio de uma natureza tão impiedosa, tão wild.
Preparem os lenços.


Antes eu olhava pro Edie Vedder e tinha vontade de pular pelada em cima dele. Agora eu olho e tenho vontade de chorar. O cara teve a moral de trilhar esse filme tão lindamente, com tanta emoção que já virou meu tesourinho mais ainda.


Com vocês, Garanted.