quarta-feira

Somewhere: um post para todos que não gostaram do filme







Assisti Somewhere bem antes de sair no cinema, tamanha minha ansiedade. Estava louca para conferir como a Coppolinha retrataria, desta vez, o seu tema favorito: tédio&casamento.


Lembro bem de ter dormido logo no começo. No dia seguinte tentei novamente. Assim que acabou eu pensei: "a trilha é ótima, como sempre, mas acho que não gostei do filme".


Durante um ano, quando pensava sobre o filme ou falava sobre ele com alguém, ainda não tinha certeza da minha opinião, era sempre um "acho que não gostei". Uns meses atrás eu estava conversando com alguém sobre aquela cena em que o cara vai fazer uma máscara do próprio rosto e mostraram o processo todo praticamente em tempo real. Aí o alguém diz que, de todas as cenas chatas e monótonas do filme, aquela era a pior, que nunca tinha se sentido tão entediado diante de um filme (acho que ele nunca viu os iranianos então rss). Mas sabe que nessa hora me deu um insight que mudou tudo o que eu achava sobre Somewhere.


A Sophia Coppola é tão foda que com esse filme ela foi além. Pensa comigo: o que tem em comum The Virgin Suicides, Lost in Translation, Marie Antoinette e Somewhere? Tédio e casamento, certo? Somewhere é o TOP das suas intenções pois ela mostra e faz o expectador sentir o que é o tédio de verdade.


Agora eu tenho certeza de que adorei o filme.


Agora vamos à trilha que, pra variar, tem todos os meus queridinhos. Só não descobri se foi o cara do Jesus And Mary Chain que trilhou novamente, como nos outros.


Ela é meio careta, mas aquele careta bom. Tem Brian Ferry numa versão linda de Smoke Gets In Your Eyes e Coll da Gwen Stefani (amo essa música). Tem Phoenix (sabiam que eles fizeram essa música especialmente para a cena inicial do carro na rotatória e que o vocalista é casado com a Sophia Copolla?) e Foo Fighters. Tem Look, que é uma das minhas preferidas do Sebastien Tellier (o clipe é maravilhoso, tá aí embaixo), tem Strokes como sempre, T-Rex, Police (a famosa "solange/so lonely")...


Resumindo: GATUXA.











segunda-feira

True Blood




Sobre a série nem vou falar muito. Só vi a primeira temporada, mas já sei que é aquela delícia toda daquela gente linda e gostosa se pegando, vampiros e monstrengos hot, maus e sem pudor.

Agora, a trilha... putaqueopariu. Mas, tipo, putaqueopariu MESMO.

Eu tinha a OST da primeira temporada, ouvia loucamente, ja tinha pensado em escrever sobre mas passei por um longo e frio inverno de inércia  criativa (leia preguiça mesmo) neste bloguezinho de boishta, mas agora que eu baixei as OSTs da segunda e terceira temporadas, não resisti. Tive que dar uma pausa no chato do Freud que tenho lido há meses pra pensar em coisas muito mais divertidas. Afinal, se você for parar pra pensar que essas músicas foram escolhidas pra trilhar uma série como essa, você já tem música suficiente pra muitos "Let's Spend The Night Together".

Um dos principais motivos pra eu amar OSTs é que também amo playlists. Sou viciada em montar listas, principalmente de música. Tenho todo um ritual diário de baixar, ouvir e ir separando em listas e mais listas que enchem o meu desktop: música pra dormir, música pra cozinhar à noite, música pra cozinhar aos domingos, música pra almoçar com amigos, música pra trepar, música pra fazer amor, música pré-balada, música pra estudar coisas chatas, música pra estudar coisas legais, música pra ouvir no chuveiro e por aí vai. E trilha sonora de filmes/séries nada mais é que uma play list de algo que também traz lembranças.

Mas, voltando ao assunto, a trilha de True Blood já ta no coração. Tem aquele tipo de som sujo que eu gosto, aquela sujeira boa que me remete à Tom Waits, Bukovky, Stones, Tarantino, e Jack Kerouac. Pra dar um clima caipiro-americano, ótimos blues, countrys, folks e aquele rocabilizinho rampeiro, bem no estilo que eu curto. Mesmo as mais baladenhas são demais. 

Jace Evveret para a abertura foi a escolha perfeita, letra e música súper em sintonia com a trama. Adoro a versão do Cobra Verde pra Play With Fire. Howling For My Baby, do Howlin Wolf, ficou ótima com M. Ward. Shake&Fingerpop é soul-suingueira de primeira. Frenzi e seu brrrrrrrllll é das minhas preferidas. Tem um bluesão do Dillan, na terceira temporada, que é matador. Até as gêmeas Watson mandaram muito bem na versão de Just Like Heaven do Cure. 

Lançaram score também, do Nathan Barr, mas é aquela coisa bem pra quem curte score mesmo. Eu curto muito, mas nesse caso eu gostei mil vezes mais das soundtracks.

Aqui, pra quem ainda não ouviu, vai se coçando de vontade ou tome uma atitude LOGO.