sábado

Death Proof


Assim: Tarantino é sempre tesão em dose dupla. os filmes são sempre incríveis e as trilhas idem.

Já tava vendo o tamanho do texto pra falar de Death Proof, então eu vou transformar isso numa lista. Pode ser?

1. tem Kurt Kussel (e ele tá impagável)
2. tem mulheres lindas, gostosas, duro na queda e com muito bom gosto musical
3. tem uma das melhores cenas de batida de carro que eu já vi (senão a melhor - o primeiro vídeo abaixo)
4. tem a revanche das garotas mais bem bolada e bem trilhada que eu já vi ( o segundo vídeo abaixo)
5. tem Ennio Morricone (só uma mas tá valendo)
6. tem a canja do Tarantino dando pinta como dono do bar
7. tem uma das melhores cenas de dança de buatch (que só perde pra da Salma Hayek em Um Drink no Inferno - o terceiro vídeo abaixo)
8. tem uma das melhores cenas de perseguição de carros que eu já vi (senão a melhor)
9. tem  Eli Roth
10. agora olha a foto lá em cima, a mina de franjinha saindo do carro. olhou? agora repara no outdoor lá no fundo.

Achei assunto pra mais uma lista: curiosidades tarantinescas

1. Jungle Julia aparece num daqueles outdoors com a roupa de abelha da Uma Thurman em Kill Bill
2. a mina que faz as cenas em cima do capô do carro, Zoe Bell, não usou dublê
3. sabe a cena das 4 tomando café da manhã: tem uma igual em Cães de Aluguel
4. os policiais que investigam a morte das 3 garotas são os mesmo de Kill Bill
5. Death Proof é parte de um projeto de dois filmes, o GrindHouse, Robert Rodriguez e seu Planeta Terror.

Não falo mais nada.






9 songs


Nove canções, nove fodas.

Nine Songs é um dos filmes mais belos que já assisti. 

Aí você me fala: mas é um filme pornô! Êh-êh, calma lá! Entre o pornô e o erótico existe uma distância abissal e é no erótico que está o belo. E não é um filme de sexo explícito, é um filme com sexo explícito. Olha só a diferença.

É belo porque é íntimo, é sagrado, é bem filmado, é bem interpretado, é bem iluminado e fotografado. E muitíssimo bem trilhado, por isso está aqui. Estamos falando literalmente de sexo, drogas e roquenrol no alge da poesia que os envolve.

O filme causou fera quando foi lançado. Blasfemaram até. A lindíssima Margo Stilley sofreu altos preconceitos, foi perseguida na rua, seus irmãos pequenos tiveram que mudar de escola... esse tipo de coisa que só gente de cabeça pequena e tacanha é capaz de pensar e de fazer. Mesmo assim, os amantes do circuito alternativo como nós agradecem Michael Winterbotton por nos beneficiar com algo tão revolucionário e subversivo para os padrões da crítica cinematográfica britãnica. Queremos sempre mais!

A estudante de intercâmbio americana e o climatólogo britânico passam um período dividindo as máximas da intimidade de um casal que - no caso deles - tem prazo de validade e (talvez) por isso vivem tão intensa e verdadeiramente sua relação.

E é exatamente isso que tem me deixado a suspirar nos últimos meses, "e que venho até remoçando, me pego cantando sem mais nem por que". Poder compartilhar momentos de puro deleite sem pudor, sem medo, sem frescura, com entrega, vício, tesão, paixão. E por que não resumir naquela palavra de quatro letras que a gente não sabe quando é a hora certa de falar? E em 9 Songs, além dessa afinidade toda também tem outra coisa que me prende igualmente que é a música. Só me falta a oportunidade de compartilhar ao vivo como eles fazem indo juntos aos shows das suas bandas preferidas, mas isso é só uma questão de tempo.

Queria que tivesse por aqui uma casa de shows como a Brixton Academy, onde eles vão. Tão lindo, lá... E o legal do fime é que as 9 cenas de shows são reais. 

Curiosidade mais do que pertinente: o filme dura 69 minutos. 

Aí fica assim e na sequência dos acontecimentos:

Black Rebel Motorcycle Club - Wathever Happened To My Rock and Roll
The Von Mondies - C'mon, C'mon
Elbow - Fallen Angel
Primal Scream - Movin' On Up
Dandy Warhos - You Were Last High
Super Fury Animals - Slow Life
Franz Ferdinand - Jacqueline
Michael Nyman - Nadia
Black Rebel Motorcycle Club - Love Burns